
Por: Jaqueline Dias. Itu-SP 19/09/2009
O ônibus é utilizado como meio de transporte muito importante na vida de milhares de brasileiros que diariamente deixam suas casas e segue rumo a mais um dia de trabalho, suor e pouca grana, bem pouca. Mas, além disso, para quem sabe viver, encontra-se aí um espaço que faz um bem enorme para o humor e saúde da alma.Itu, Setembro, sexta-feira, oito horas da manhã. Ônibus lotado, pra variar. Aquela vontade de trabalhar que paira no ar, sem levar em consideração o ar. Entra nosso protagonista, com aquele cheirinho bom de cachaça que substituiu o café, o sujeito entrou, se espalhou, esbarrou , exalou... e pra melhorar o “ou”, xingou. O dito cujo fazia só uma reclamação bem simples, ele queria sentar, mas a essa altura “educação” caiu fora do dicionário do sujeito. Que com muito bom gosto escolheu um ótimo banco ao lado da janela e de frente com a porta, apropriado para “sóbrios”, o problema é que o lugar já estava ocupado por alguém que tinha tanto direito quanto ele de permanecer sentado. Mas “regra” também abandonou o pequeno dicionário dele.Para que o leitor possa imaginar a prosa, desenvolverei o caso:- Você não tem vergonha? Não sabe que fui atropelado e mereço sentar? diz o homem, mas como ela não responde “e quem cala consente”, ele continua. – Onde já se viu não ter caridade com as pessoas, ta pensando que estamos em Itu? Aqui não é Itu não, aqui no Rio de Janeiro a coisas são bem diferentes.A moça, que por sorte, era do tipo que gosta de um barraco, começou pedindo a ele a gentileza de ir parar em muitos outros lugares, que simpatia. Para alegria ou irritação da galera essa conversa durou ali uns dez minutos. E para terminar o caso, um bom moço resolveu oferecer o lugar, que causou outro transtorno, a senhorinha que acompanhava o jovem não estava com vontade de tolerar o camarada, que de tão simpático que era, fez questão de mostrar os ferimentos... Ninguém merece.Se o leitor quer saber como acaba a historia, não sei... Hora de descer, o ônibus deve ter seguido em direção à Copabana, quem sabe?! Só sei que o tal homem despertou um importante pensamento: Curta os momentos em que a graça é sem graça, curta não encurta, o ar é quente, o espaço é pouco, mas aproveite, pode ser uma oportunidade para ser feliz. A vida passa muito rápido para ser levada tão a serio e ficar procurando beleza e alegria nas grandes coisas, quando na verdade vivemos das pequenas. Sorria, dê gargalhada de si mesmo. Aprenda com teus limites ou falta de sobriedade, observe as pessoas ao seu redor, sobreviva e aprenda com os relacionamentos... Viva a vida!

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